Cocktail Tecnológico

quarta-feira, outubro 24, 2007

Veículos Eléctricos Híbridos (VEH)


Os Veículos Eléctricos integram duas fontes de energia num único veículo, combinando um veículo a combustão convencional com um veículo de motor eléctrico. A bateria armazena a energia eléctrica produzida pelo motor de combustão, fornecendo-a ao motor eléctrico que a transforma em energia mecânica. O motor de combustão, que tem como fonte um reservatório de combustível, pode accionar o gerador que carregar a bateria ou accionar directamente as rodas.Este tipo de veículos combinam características positivas dos veículos com motores de combustão internas como a autonomia e a disponibilidade de potência, com características de motores eléctricos como menor ruído, gestão da potência, menor consumos e re-aproveitamento da energia.
Tipos
Existem essencialmente três tipos de Veículos Eléctricos Híbridos:
- Série: o motor a combustão acciona o gerador para gerar energia eléctrica, e o gerador pode tanto carregar as baterias ou alimentar um motor eléctrico que acciona as rodas.
- Paralelo: a unidade de conversão e o motor eléctrico estão ligados directamente às rodas do veículo. Normalmente, o motor primário é usado e o eléctrico fornece o extra em subidas, acelerações e outros períodos de maior necessidade.
- Split: Existem também veículos que usam as duas configurações, sendo a primeira para condução na auto-estrada (dado o baixo consumo e a maior eficiência do motor de combustão) e a segunda configuração para condução a baixas velocidades.

» Tecnologia
Algumas das vantagens dos veículos híbridos tem como base as seguintes tecnologias:
- Travagem regenerativa: ao travar o veículo ou em descidas, as rodas passam a fornecer energia ao motor eléctrico, o qual funciona como um gerador fornecendo energia eléctrica às baterias.
- Paragem automática: quando o veículo está imobilizado ao ralenti, o motor desliga-se “consumo 0”, ligando-se automaticamente quando se acciona o acelerador ou engrena uma mudança. A economia de energia e tanto mais significativa quando efectua percursos citadinos.
- Assistência à tracção: no caso de maior necessidade de potência como numa ultrapassagem ou subida acentuada, o motor eléctrico fornece a potência adicional. Em casos de funcionamento em regimes de baixa velocidade, o motor eléctrico fornece toda a energia para movimentar o veículo, uma vez que os motores de combustão interna são menos eficientes nos baixos regimes.

» Vantagens
- Economia de 30% a 50% no consumo de combustível.
- Redução na emissão de poluentes na atmosfera.
- Flexibilidade de usar combustíveis a base de petróleo ou alternativos.
- Redução do ruído
- Maior autonomia

Eye-Fi

Para além do iPhone e do BlackBerry que estão na moda. Os PDAs continuam a crescer aos poucos. E com esta pequena notícia poderão crescer ainda mais.
A tecnologia chegou agora aos cartões SD, onde o cartão de memória de 2Gb e Wireless, vão assumir lugar de destaque graças ao Para já, o preço de venda ao público mantém-se nos segredos dos céus. Mas já sabemos pelo menos uma coisa. É compatível com PC e Mac para ninguém ficar de fora.

Fonte:http://www.tugatronica.com/

quinta-feira, abril 12, 2007

Plástico biodegradável pode ser convertido em biodiesel

Pesquisadores da Universidade Politécnica, Estados Unidos, apresentaram um novo plástico que pode ser convertido em biodiesel. Ao invés de desenvolver técnicas para reciclagem do plástico, a equipe do professor Richard Gross dedicou-se a desenvolver um novo plástico que já seja fabricado tendo em vista seu reaproveitamento como combustível.

Plástico biodegradável

O plástico biodegradável foi fabricado utilizando-se óleos vegetais. Quando totalmente desenvolvido, ele poderá representar uma nova fonte de energia inclusive para ambientes domésticos.

"[...] nós conseguimos fazer um plástico a partir de óleos vegetais que tem propriedades extraordinárias, que incluem ser mais resistente e mais durável do que os polietilenos tradicionais. Além disso, o bioplástico pode ser colocado em um recipiente simples, onde ele é transformado com segurança em combustível líquido," explica Gross.

Plástico que vira combustível

Os benefícios de um bioplástico que pode ser transformado em combustível são duplamente importantes: além de diminuir a quantidade de embalagens plásticas que devem ser descartadas e jogadas em aterros sanitários, ele representará uma diminuição na demanda de combustível novo à base de petróleo.

A próxima fase da pesquisa envolverá a melhoria do processo de fabricação do novo plástico-combustível, atingindo níveis de custos que possam viabilizar sua produção em escala industrial.

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010115070412

sexta-feira, março 09, 2007

Imagens do cérebro na internet

Imagens do cérebro na internet reúnem 50 terabytes de dados

Imagens do cérebro na internetPesquisadores disponibilizaram na Internet um banco de dados contendo a maior coleção já feita de imagens do cérebro. E não apenas cérebros humanos, mas também cérebros de macacos, cães, gatos, camundongos e pássaros.

O site www.brainmaps.org contém os atlas digitais dos cérebros na mais alta resolução já construída, somando 50 terabytes de imagens e permitindo a exploração das profundezas cerebrais com um nível de detalhamento sem precedentes.

É possível ter-se desde uma visão geral até a visualização de detalhes muito precisos, como as conexões e os detalhes dos nervos. O site também disponibiliza ferramentas para navegação nas imagens e para analisar os dados do cérebro.

É um verdadeiro "Google Maps" do cérebro, na comparação de um dos seus criadores, o pesquisador Shawn Mikula.

Os mapas do cérebro em alta resolução irão permitir que os pesquisadores utilizem uma espécie de microscópio virtual para comparar cérebros sadios com outros, comparando a estrutura, a expressão genética e até a distribuição de diferentes proteínas.

"Eles irão pemitir um melhor entendimento da organização dos cérebros normais, e podem ajudar os pesquisadores na identificação de minúsculas anormalidades morfológicas e químicas por trás do Mal de Alzheimer, de Parkinson e outros doenças neurológicas," diz Mikula.

Fonte: Inovação Tecnológica

Robot navega e faz cirurgia no interior do corpo humano

Robot japonês navega e faz cirurgia no interior do corpo humano

Robô japonês navega e faz cirurgia no interior do corpo humanoO robots japoneses têm figurado entre as principais estrelas da alta tecnologia há vários anos. E não é para menos, é do Japão que têm vindo, não apenas as mais recentes novidades nesta área, mas também aquelas que mais impressionam pelo nível técnico alcançado.

Agora é a vez do CapCel, um micro-robot que poderá ser inserido no interior do corpo humano e guiado remotamente para fazer tratamentos médicos, cirurgias ou simplesmente para fotografar áreas suspeitas ou lesionadas.

O minibot mede 2 centímetros de comprimento por 1 centímetro de diâmetro e é encapsulado num revestimento plástico biocompatível e facilmente esterilizável. Seu peso é de apenas 4,6 gramas, graças ao desenvolvimento de um circuito integrado que contém toda a parte electrónica num único chip.

Ao invés de controles remotos, que poderiam aumentar muito o seu tamanho, o CapCel move-se livremente no interior do corpo humano por meio de campos magnéticos aplicados externamente. Com essa solução, além de dar ao mini-robot a capacidade para fazer movimentos precisos, os cientistas aumentaram ao máximo a capacidade de equipamentos úteis que ele pode carregar.

Robot faz cirurgia

Embora a nano tecnologia aponte para a possibilidade, ainda que num futuro distante, de se construir robots microscópicos para inserção no corpo humano, o mais avançado robô médico que se aproxima desse conceito apresentado até agora deve ser engolido pelo paciente. Logo, sua actuação limita-se à região do trato gastrointestinal e unicamente para a captura de imagens.

"Este novo robot tem a capacidade para efectuar tratamentos no interior do corpo humano, eliminando a necessidade de cirurgia em alguns casos," diz o pesquisador Masaaki Makikawa.

Múltiplas funções

O Dr. Masaaki Makikawa, da Universidade Ritsumeikan, construiu nada menos do que cinco protótipos, cada um com uma funcionalidade diferente. Um possui uma câmara, outro um farol para iluminação e os outros são equipados com diferentes tipos de garras.

A equipe do Dr. Makikawa já testou o CapCel em animais inclusive actuando em conjunto: um robot fazia a iluminação do local, outro filmava, enquanto um terceiro fazia a colecta do tecido. Imagens de ressonância magnética tiradas antes da cirurgia robótica guiam a navegação do mini-robot.

Todas as informações captadas pelos robots são passadas para um computador por meio de um cabo de 2 milímetros de diâmetro. Além de meio de comunicação, o cabo serve também como garantia de segurança, na eventualidade de algum problema técnico que impeça que o robot volte sozinho ao local da incisão por onde ele foi inserido.

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010180070307

Energia a partir de bactérias

Roupas espaciais poderão gerar sua própria energia a partir de bactérias

Roupas espaciais poderão gerar sua própria energia elétricaAs roupas espaciais dos astronautas poderão um dia ser recobertas com proteínas sensíveis ao movimento e poderão gerar eletricidade a partir do movimento dos astronautas, de acordo com uma pesquisa futurística que está sendo feita em um novo laboratório em Cambridge, Estados Unidos. Esses "peles geradoras de energia" poderão também ser utilizadas para revestir futuras bases humanas em Marte, onde elas poderão produzir energia a partir do vento marciano.

Todas as missões espaciais se debatem com a questão de como produzir energia suficiente para completar seus objectivos com um mínimo de peso de suas baterias e de seus painéis solares. A sonda espacial Novos Horizontes, que está a caminho de Plutão, por exemplo, funciona com apenas 240 watts de electricidade, fornecidos pelo calor do decaimento de isótopos radioactivos. E a Estação Espacial Internacional não poderá expandir seus aposentos enquanto mais painéis solares geradores de electricidade não forem adicionados.

Organismos biológicos, por outro lado, são geradores de electricidade ultra-eficientes. Agora, uma nova empresa emergente, a IntAct Labs, está pesquisando como domar as capacidades geradores de energia das formas de vida para aplicações espaciais.

Minúsculas vibrações

Eles estão focando sua atenção em uma proteína chamada prestina, que é encontrada nas células externas do ouvido humano. Nas membranas celulares dessas células, a prestina converte tensão elétrica em movimento, espichando e contraindo a célula. Esse movimento amplifica o som no ouvido.

Entretanto, a prestina também pode funcionar em modo reverso, produzindo cargas eléctricas em resposta a forças mecânicas, tais como minúsculas vibrações. Cada proteína somente é capaz de produzir nano watts de electricidade, mas Matthew Silver e Kranthi Vistakula, ambos do laboratório IntAct, acreditam que muitas proteínas utilizadas em conjunto poderão ser capazes de abastecer pequenos dispositivos ou ajudar a recarregar uma bateria.

No curto prazo, os pesquisadores esperam provar seu conceito utilizando a prestina para criar um minúsculo sensor de vibrações que poderá gerar uma carga elétrica detectável.

Mas eles afirmam que redes dessas proteínas poderão formar "peles de energia" para recobrir roupas espaciais, de forma que o movimento natural dos astronautas possa ser capaz de gerar electricidade para alimentar seus próprios equipamentos. As peles poderão revestir construções no planeta vermelho, onde rajadas de vento poderão ativar a prestina.

Roupas espaciais poderão gerar sua própria energia elétricaPara aumentar a condutividade, os pesquisadores afirmam que eles poderão até mesmo integrar certos tipos de micróbios nas peles geradoras de energia. A bactéria Geobacter espalha apêndices superficiais parecidos com pêlos, que já se demonstrou serem capazes de conduzir eletricidade para um eléctrodo (veja Bactéria produz nano fios condutores de electricidade). Seus pêlos poderão ser igualmente utilizados para transferir os electrões gerados pela prestina ao longo das peles de energia, diz Silver.

Kelly Young
NewScientist
08/03/2007

Fonte: Inovação Tecnológica

Ideias geniais "mariquices"

Desta vez, deixo-vos algumas ideias de utilidade relativa, onde poderão gastar algum dinheiro quando não souberem o que fazer com ele.

SUPORTE PAPEL HIGIÉNICO COM IPOD

Suporte de papel higiénico com IPOD

Para nunca perder uma música enquanto está na casa de banho!

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SOUTIEM - SACO DE COMPRAS

Soutiã que se transforma em saco de compras

Para todas as mulheres que não têm como carregar as compras! Brilhante

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Aquecedor para rabos usando USB

Para aquecer o vosso rabinho graças ao USB.

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USB BARBEQUE

USB Barbeque

Conseguem em pensar em mais alguma coisa que o USB não possa fazer?

Fonte: Tugatronica

quinta-feira, novembro 23, 2006

Posso colocar óleo vegetal em vez de díesel no meu carro??

Ora bem, já vimos que se pode fazer bio-diesel apenas com óleo vegetal, metanol e soda cáustica. Agora falo-vos de uma coisa bastante mais interessante. Apenas óleo vegetal. Pois é, quem quiser, pode verter a garrafa de óleo girassol para dentro do tanque de combustível do automóvel. Mas se querem poupar dinheiro não comprem girassol, pois é preferível uma daquelas marcas esquisitas e baratas. Se comprarem no modelo fica a 63 cêntimos o litro e já se poupa qualquer coisa. A mistura deve ser feita em proporções de 20% diesel normal e 80% óleo vegetal. Em viagens longas, podem colocar apenas óleo, mas se deixarem o carro só com óleo à porta de casa depois de voltar do trabalho, correm o risco de não ir trabalhar no dia seguinte. Alerta para um maior aumento da temperatura do motor, por isso não o levem a extremos.



Existem desde há alguns anos motores que podem ser instalados em qualquer automóvel e que podem consumir apenas óleos vegetais. Tratam-se dos motores Elsbett (também conhecidos como “Motores Elko”), que são uma versão do motor a Diesel convencional adaptado para funcionar com óleo vegetal.

A tecnologia foi desenvolvida especialmente na antiga União Soviética e, no Ocidente, no Brasil, onde uma empresa local, a “Grupo Garavello” investiu no projecto, mas sem sucesso. Actualmente, a Elsbett AG alemã continua a existir e com relativo sucesso nesta época de aumento explosivo do preço do Petróleo, adaptado para suportar vários combustíveis, razão pela qual é também conhecido como “motor multicombustíveis”. Estas empresas comercializam kits de conversão que podem ser instalados em qualquer veículo com motor diesel de modo a adaptá-lo para que possa funcionar exclusivamente com óleo vegetal.

A empresa opera desde a década de oitenta, comercializando o seu motor Elko, de invenção do seu fundador, o engenheiro Ludwig Elsbett, o qual nas palavras do fabricante “é um motor de ciclo diesel semi-adiabático optimizado para funcionar com quase todos os tipos de combustíveis, sem alterações.”

Actualmente, em toda a Europa, haverá mais de 20 mil veículos transformados e usando quase exclusivamente óleos vegetais comuns (sobretudo Óleo de Colza) abastecidos “em casa” ou através de uma rede de camiões com reservatórios de mil litros.

Em termos de custos, estes podem ser consultados aqui, mas, por exemplo, um upgrade a motores TDI da Volksragen (Audi, Skoda, Seat, Volvo, etc) ou a um motor dTu da Renault ficaria em 1700 euros + IVA, um valor que desce para 1300 euros se fôr escolhido o kit de conversão da Greasecar…

O uso massivo de óleos vegetais é uma opção muito séria e antiga (de facto, o próprio inventor do motor Diesel, o engenheiro alemão Rudolf concebeu o seu motor para funcionar apenas a óleo de amendoim… e isto em 1870…). Devia portanto ser seriamente considerada pelo nosso país e pelos nossos governantes… Seria uma fonte potencial de independência energética num país cronicamente dependente das importações de petróleo, reduziria significativamente as emissões de Carbono que vão levar ao pagamento de multas no âmbito do Tratado de Quioto, e, sobretudo, poderiam reanimar a vida do Campo, induzindo ao regresso aos campos, criando emprego, sustentabilidade regional e poderia, inclusivé, transformar Portugal num… Exportador de combustíveis.

Para saber mais:

http://www.noendpress.com/caleb/biodiesel/index.php

http://www.emnw.org/emnw-vgo.html

http://www.switchbiofuels.com/category/history/

http://www.greasecar.com/

sexta-feira, novembro 10, 2006

terça-feira, setembro 19, 2006

Carro que anda a Óleo de Fritar Usado

Imaginem o óleo que usaram para fritar as batatas aproveitado como combustível para o vosso carro e utilizado para fazer sabonetes, em vez de ser despejado pelo cano abaixo.


Pois bem, foi o que fizeram ontem os docentes e alunos de Química da Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira, no Seixal, em conjunto com a Quercus, para demonstrar que existem alternativas para a reutilização dos óleos usados.

Este processo químico chama-se transesterificação e já está em prática em vários países da Europa há muito tempo, mas em Portugal ainda é um método artesanal. O óleo é filtrado em vácuo, ao mesmo tempo que é preparada uma solução de metanol com soda cáustica, que será misturada com o óleo limpo. Ao fim de uma hora de agitação deste preparado, as moléculas de metanol tomam o lugar da glicerina presente no óleo e formam o biodiesel. A glicerina, por sua vez, pode ser usada para fazer sabões ou para outras aplicações nas áreas da cosmética e da perfumaria.

Para além da vantagem de ser a reutilização de um resíduo perigoso, o biodiesel não contribui para o aumento das emissões de dióxido de carbono, responsável pelo efeito de estufa, nem de dióxido de enxofre, que está na origem das chuvas ácidas.

O biodiesel produzido na escola é misturado a 20 % com o gasóleo, mas numa instalação mais sofisticada é possível assegurar níveis de qualidade para utilizar este combustível a 100 por cento, como acontece na Alemanha. Em 2000, foram produzidas na Europa um milhão e duzentas mil toneladas, com a Alemanha a garantir sozinha 415 mil toneladas. Em França, o gasóleo vendido nas estações de serviço já contém cinco por cento de biodiesel, enquanto em Espanha foram criadas três fábricas para a produção deste combustível. Portugal e Grécia são os únicos países da União Europeia que ainda não tomaram iniciativas nesta matéria. Nem devem tomar tão cedo, pois não dá dinheiro ao estado. Alguns políticos já demonstraram que a ideia do biodiesel os assusta, pois ainda lhes trocam os Mercedes por máquinas de fritar batatas com rodas.


sexta-feira, julho 07, 2006

(Des)ligados e sempre a gastar

Por comodidade, ignorância ou simples desleixo, a maioria dos consumidores deixa os aparelhos eléctricos das suas casas ligados à corrente. O que muitos não sabem é que, mesmo estando no modo off, os equipamentos podem apresentar custos energéticos surpreendentes(para não falar dos ambientais).
O peso do consumo em modo stand-by no total dos gastos domésticos de electricidade representa já 14% em Portugal, mas a tendência é de grande aumento nos próximos cinco anos, com a massificação dos electrodomésticos inteligentes (programáveis à distância). Um verdadeiro desperdício, que atinge um gasto de potência média de 377 kWh por ano, segundo a ADENE - Agência para Energia.
Se em aparelhos como a televisão, vídeo, DVD e Hi-fi, o consumo de energia (quando estão desligados) é facilmente justificável pelo facto destes poderem ser activados através de um comando, há equipamentos que em o consumo não tem qualquer utilidade. É o caso dos carregadores de telemóveis, que gastam energia quando estão ligados à corrente, mesmo sem desempenharem a sua função. O mesmo acontece com a maioria dos equipamentos que funcionam simultaneamente a pilhas e a electricidade. Por exemplo, um rádio deste tipo que esteja ligado à corrente, no modo off está a consumir energia.
«Todos os aparelhos que tiverem um transformador de tensão, como a televisão, gastam energia enquanto estiverem ligados à corrente. Depende apenas da vontade dos fabricantes reduzir os consumos de stand-by, a tecnologia existe», frisou ao DN Isménio Martins, presidente do Departamento de Energia Eléctrica e Electrónica da Universidade do Algarve.
O projecto Eureco, da ADENE, considera ser urgente uma intervenção na luta contra o consumo de stand-by, que representa, em média, «um acréscimo de 439 kWh/ano, podendo atingir, em cinco anos, 600 ou 700 kwh/ano». Uma das acções a serem desenvolvidas, continua o estudo, deve passar pela adopção de «uma regulamentação que interdite o desenvolvimento no mercado de equipamentos que possuam um consumo de standby superior a 1W.
Não existem entraves tecnológicos para o fazer, por isso os construtores devem optimizar rapidamente os seus produtos nesse sentido». Alertada para este problema, a Comissão Europeia, «está a desenvolver estudos no sentido de reduzir aquele consumo, mas ainda não foi definido um valor mínimo», afirmou ao DN Renato Romano, da Direcção Geral de Energia.
Sem qualquer obrigatoriedade, os fabricantes não querem gastar dinheiro para alterar o modo de funcionamento dos seus aparelhos. «Contudo, no caso particular dos produtores de televisões foi entregue uma proposta na Comissão Europeia, em que os industriais se comprometem a reduzir os consumos de stand by até 2007, para um nível médio de 2W e máximo de 3W», acrescentou Renato Romano.
O projecto Eureco chega a considerar que «o consumo para todos os equipamentos audiovisuais poderia ser simplesmente anulado. Existem diversos dispositivos técnicos que asseguram o corte total de corrente como os interruptores simples, ou a multi-tomada de corrente com interruptor ou ainda a tomada de corrente com telecomando de funcionamento/paragem infravermelho, etc».
Para os equipamentos informáticos foi considerada a mesma hipótese, enquanto nas restantes utilizações «supôs-se que 75% dos consumos de stand by poderiam ser suprimidos».
A pesquisa conclui que o potencial de economia de stand by apresenta um valor «muito considerável» nos países da União Europeia, situando-se entre 750 e 1200 kWh/ano.
Em Portugal, não se têm verificado grandes preocupações ou reflexões nesta matéria, mas em países como a França, foram já lançadas campanhas de sensibilização para os consumidores e produtores.
A Agência Internacional de Energia sublinha que os gastos «escondidos» dos aparelhos correspondem a 2% do consumo de mundial de electricidade.

Investigadores desenvolvem pilha de biocombustível

Investigadores da Universidade de Saint Louis, New Orleans (EUA), desenvolveram uma pilha de biocombustível que funciona com álcool e enzimas, dispositivo que afirmam poder gerar corrente durante um mês sem exigir recarga.

Os cientistas optaram por utilizar o etanol, abundante e barato, porque se trata de um produto ideal para propiciar a actividade das enzimas. O etanol é também muito menos volátil do que o hidrogénio, que é tido como o combustível modelo para as pilhas aplicadas à locomoção de veículos.

Os protótipos iniciais, pouco maiores que pequenas placas com uma superfície de cinco centímetros quadrados, têm gerado corrente até alimentados com bebidas alcoólicas.

As pilhas são geralmente de três tipos: primárias (as mais conhecidas, de usar e deitar fora), secundárias (as recarregáveis), e as pilhas de combustível, solução que funciona continuamente com base na transformação da energia química de um combustível (como o hidrogénio) em energia eléctrica, com a ajuda de um oxidante.

Os protótipos de pilhas de combustível mais comuns, assentes no hidrogénio, enfrentam o problema da volatilidade deste elemento. A solução desenvolvida na Universidade de Saint Louis recorre a um álcool como combustível e a biomoléculas como catalisador.

A pilha de combustível tradicional, cujo combustível é o hidrogénio, recorre a metais nobres como catalisadores, ao contrário da de biocombustível, que assenta para a mesma função nas enzimas, moléculas comuns que aceleram as reacções químicas nas células.

Os investigadores admitem que as pilhas de biocombustível possam funcionar durante um mês sem necessidade de recarga, notando que reactivá-las será tão simples como acrescentar-lhes mais álcool.

A solução pode ser aplicável em dispositivos tão comuns como computadores portáteis ou agendas electrónicas, mas os cientistas admitem não esperar consegui-lo antes de cinco a dez anos.